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sábado, 3 de dezembro de 2011

Águia Negra: A MEGA QUADRILHA

Águia Negra: A MEGA QUADRILHA: A mega quadrilha A República Federativa do Brasil, constitucionalmente, deveria ter os três poderes independentes. O Poder Execut...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011




Caros Detetives:

Sabemos conscientemente que a nossa classe é tida como uma das mais desunidas, desleal e de certo modo, inóspita entre si.

Contudo, precisamos mudar urgentemente essa imagem e a ausência de formação acadêmica, buscando melhorar o nosso nível e nos adequarmos a uma nova realidade que é a modernização profissional, avançar sobre novos mercados e servir a uma nova modalidade de clientela, esta, ainda não experimentada por nossos detetives, que são os bancos, financeiras, leasing, indústrias, bancas advocatícias, varas de família e o judiciário de modo geral.

Esses campos estão repletos de situações que necessitam da prestação profissional dos detetives experimentados e que não podem ser explorados por indivíduos despreparados e sem a devida formação técnica, como ainda, educação pertinente, fino trato e boas maneiras. Em fim, ter a apresentação adequada.

Não podemos permitir que a desavença, a proliferação de indivíduos mal intencionados e organizações espúrias infestem a sociedade, gerando através de pseudos cursos de detetive, picaretas, estelionatários e criminosos que não respeitam as leis, as pessoas e as causas que assumem e que se quer conhecem as leis que deveriam respeitá-las.

Ao me reportar a essas “organizações” desejo dizer que em sua grande maioria, visam imitar as poucas sérias existentes e dessa maneira, esbulhá-las em seus direitos adquiridos, derramando de forma voraz e piranhíca, diplomas, carteirinhas e porta documentos em pencas, pouco se interessando na qualidade do que vendem, mesmo porque, seus mentores via de regra, são elementos despreparados, analfabetos e sem qualquer idoneidade moral, intelectual ou profissional para fazê-lo.

Nos resta, portanto, a expectativa de uma lei que venha servir como uma pá de cal sobre as mazelas que nos afligem, e nesse caso em particular, o atual projeto de lei nº 1211/2011, de autoria do Deputado Federal Ronaldo Nogueira, PTB/RS seria a solução ansiosamente esperada havia muito tempo, por toda a classe dos detetives particulares e o Conselho dos Detetives do Brasil, que aliás, comemora no próximo ano, 25 anos de atividades ininterruptas à bem dos investigadores privados do país.

Pelos poderes que essa futura Lei atribuiria ao livre exercício da profissão, estão o franco acesso às informações constantes dos bancos de dados da Polícia e do Judiciário, a garantia e regulamentação do trabalho em todas as suas instâncias, sem prejuízo ou conspirações policiais, que nos impedem atualmente o direito ao acesso de seus bancos de dados e restringe a nossa liberdade de atuação, como nos forçam a corromper agentes da lei para conseguirmos informações das mais simples as mais complexas, a peso de dinheiro, muitas vezes inviabilizando nossos objetivos, a produção de provas de interesse da justiça, em benefício de nossos clientes.

Acabaria de vez com os elementos perniciosos que assolam a sociedade com golpes, cujas vítimas constrangidas, deixam de fazer a devida comunicação às autoridades policiais e ou judiciárias, receando represálias ou violação do sigilo que lhes fora confiado – esses, verdadeiros bandidos que desmoralizam e enxovalham a nossa imagem, tão difícil de preservar e mantê-la ilesa contra essa máfia de malfeitores que pululam o mercado e encontram-se por ai, sem controlo e sem solução aparente.

Para esses, é interessante que o caos e o estado de coisas se mantenham no terreno da bagunça e da imoralidade, pois tiram proveitos desonrosos da discórdia e da impunidade, da falta de controlo e de fiscalização do órgão, hoje, sem poder de polícia para repreendê-los.   

Diante disso, nos resta apenas e como solução definitiva, a aprovação do mencionado Projeto de Lei, e para isso, precisamos respaldar os trabalhos da Câmara dos Deputados, assinando a petição abaixo, o que irá demonstrar o quanto temos interesse e pressa na sua consecução definitiva.

Convide seus amigos, seus familiares, seus colegas e concitem aos políticos, universitários, professores e outros, a fazerem. Pois, da forma morosa e desinteressada em que temos conseguido até agora as 345 assinaturas, apenas demonstra duas coisas: “ou somos realmente poucos detetives no mercado ou somos definitivamente desorganizados, mau caráter partícipes daquela banda que não tem interesse em por ordem no caos!" 

VI ENCONTRO DOS DETETIVES CRIMINAIS DO BRASIL - CDB, 17 e 18 de AGOSTO DE 2012 - CURITIBA, PARANÁ.

Muito obrigado!


Det. Walmir Battu - CDB/PR 0400
www.walmirbattu.com
41 3233 8018 - 9135 4045 - 9616 1313
PO. Box, n. 120 - Curitiba-Pr. 
CEP 80011-970


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Caros Amigos:
Clique no link e assine!
VI ENCONTRO NACIONAL DOS DETETIVES CRIMINAIS - CDB, EM CURITIBA/PR.
Dias 17 e 18 de Agosto de 2012. Prestigiem!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

7 Coisas que só existem no Brasil 
DAS TOMADAS À REFORMA ORTOGRÁFICA, O BRASIL É UMA PÂNDEGA... - MARIO MAGENCO

       1) Novo padrão de tomadas elétricas.
        Quem foi o cretino que inventou a nova tomada/flecha de 3 pinos incompatível com TODAS as tomadas da galáxia? Nem nas tomadas do Império Klingon essa bosta encaixa! De uma hora para outra, todas as nossas tranqueiras elétricas e gadgets que usam plugues com o (este sim, universal) padrão americano, simplesmente ficam imprestáveis. Como somos brasileiros e não desistimos nunca, é chegada a hora de invocar a santa gambiarra!
     2) Proibição do álcool 92º
      Um belo dia alguns políticos de Brasília tiveram a brilhante ideia de converter o álcool em água rala de 46 graus. Outro belo dia, minha mulher apareceu (sem saber) com este novo álcool, que uso para botar fogo no fogão a lenha, e ele simplesmente molhava os fósforos. Tivemos que voltar ao supermercado para trocar o famoso "Álcool Namorado" pelo trivial Álcool Pereira de 92º, aquele que limpa e queima. Ainda bem que a indústria alcooleira entrou na justiça e conseguiu liminares liberando o nosso bom e verdadeiro álcool de cada dia, claro, há que se tomar as devidas precauções para não provocar queimaduras graves e incendiar a casa. PS: aos sacros defensores desta proibição idiota, sugiro que propugnem também garfos sem pontas e facas cegas, pois tais utensílios domésticos também podem ser prejudi ciais à saúde.
       3) Seguro obrigatório veicular
      Você, que gasta os tubos com seguro total, já parou para pensar porque tem que continuar pagando o tal do seguro obrigatório? Enquanto isto, as máfias sacam a torto e a direito as merrecas do seguro obrigatório, que os seus legítimos beneficiários não sabem ou não se interessam em sacar.
       4) Carros Flex
      Caso eu pusesse um adesivo no meu carro flex, teria o seguinte teor: "acreditei no governo e embarquei nesta carroça beberrona". Justamente quando os motores exclusivamente à gasolina começaram a ficar econômicos, os gestores públicos apareceram com esta bomba que só corrói o motor e o nosso bolso. Sem falar naquele maldito tanquinho extra, que é uma preocupação a mais para manter cheio de gasolina. Pergunta intrigante: por que será que o resto do mundo não teve a ideia "genial" de ter carros flex? Quando você vê o preço do litro do álcool hidratado a R$ 2,70 começa a tirar algumas conclusões.
       5) Tratamento reservado às crianças geniais
      Enquanto na Índia, um país miserável e fedorento, as crianças possuidoras de habilidades geniais são acompanhadas de perto e recebem uma educação especial, no Brasil elas são estigmatizadas na escola, vítimas de bulling e em vez de se tornarem gênios ou cientistas, terminam formando uma banda medíocre de roquezinho, como no caso de Roger, detentor de QI 172 (Einstein tinha QI 168). Mas uma coisa fazemos bem, qualquer pivete favelado, craque prematuro de futebol, é prontamente separado para receber todos os cuidados e mimos que merece. Enquanto isto, os nossos nerds e jovens cientistas levam muita porrada na escola. Por isto, enquanto nos resignamos a ser campeões de futebol, a Índia (aquele país miserável e fedorento) consegue (desde a década de 70) construir usinas e armas nucleares, lançar satélites em órbita e mandar sondas espaciais para outros planetas.
       6) Sistema de TV em cores PAL-M
      Algum biltre brazuca teve a ideia genial de fazer um sistema de cores único no mundo: pegou o padrão de crominancia americano NTSC, fundiu-o com o sistema SECAM europeu e criou o frankstein chamado PAL-M, onde leia-se “M” de merda, incompatível com qualquer televisor do resto do planeta.
       7) Reforma Ortográfica
      Um belo dia um energúmeno brazuca teve uma idéia. Vamos mudar a Língua Portuguesa! NO MUNDO INTEIRO! Pra quê? Só pra transformar em um inferno a vida deTODOS vestibulandos e concurseiros luso-parlantes. E de quebra, enriquecer donos de cursinhos. (Vai ver que esse energúmeno é dono de cursinho..)
   

terça-feira, 12 de julho de 2011

A morte do menino Matheus, um Curitibano de 17 anos, recém feitos

 

Matheus nasceu na tarde de um domingo ensolarado na década de 90. Veio ao mundo saudável e cheio de energia para viver. Já na maternidade recebeu o certificado de “Cidadão Curitibano” porque teve a sorte de nascer no ano da comemoração dos 300 anos da sua cidade. O pai escolheu o nome e a mãe feliz o amamentou e zelou pelo bem do menino, ensinou o caminho do amor e do respeito, e o pequeno cresceu encantando as pessoas ao redor. A casa era cheia de risos e afeto. Os irmãos chegaram depois e foram acolhidos com um grande sorriso pelo Matheus que agora se transformara em irmão mais velho. Brincadeiras no quintal, jogos no computador, rodízio nos canais de TV, divisão das tarefas domésticas, tudo igual, todos tinham direitos e deveres em casa.

Para os irmãos Matheus era o máximo, sabia tudo e não podia ser diferente, pois nascera primeiro e tudo aprendera na frente. Primeiro a ir para a escola, depois natação, futebol e na adolescência foi estudar música. Os irmãos menores cresciam iluminados pelos conhecimentos do menino que os ensinava sobre matemática, inglês, geografia e música. Para os pais o menino era perfeito, um exemplo para os irmãos e um orgulho para a família, ele tinha responsabilidade, sabia se relacionar com as pessoas e era muito prestativo. Todos ficavam perguntando qual a profissão que Matheus escolheria agora que estava terminando o colegial, e ele alegre falava: “quero ser músico”.

Tudo acabou em uma tarde chuvosa de uma sexta-feira qualquer do ano passado, bem na hora em que Matheus caminhava para a sua aula de música. Começou com um carro escuro que se aproximou e de dentro dele dispararam os tiros; Matheus que até então caminhava tranqüilo pela calçada agora estava imóvel estirado ao chão. Depois a notícia que chegou aos pais: “seu filho foi baleado”. No hospital os capelães vieram para consolar a mãe, mas ela estava serena e confiante de que tudo acabaria bem porque seu menino ainda estava vivo. Entregaram à mãe as roupas que o filho usava, tudo dentro de um saco preto, junto com a guitarra. As horas foram passando enquanto a cirurgia transcorria e no final da noite Matheus foi levado ao quarto onde enfim a mãe pode vê-lo. Estava vivo, mas muito ferido. Ferido pelos tiros e ferido pelas cirurgias. O filho era acariciado e beijado por sua mãe que sussurrava palavras de amor no seu ouvido: “mamãe está aqui, está tudo bem, fique tranqüilo, tudo vai dar certo”. Os médicos avisaram que o estado era grave e irreversível. Matheus estava imóvel, olhos fechados, respiração e coração movimentados por máquinas. A noite foi passando, o dia clareou, e a mãe continuava ao seu lado a falar e a acariciar. Agora o corpo do menino já não estava mais tão quente, mas o coração e o pulmão ainda trabalhavam. Nada foi em vão, porém tudo foi pouco para salvar a vida de Matheus. Os tiros foram fatais. A morte chegou. A mãe escolheu as vestes finais do filho para assim ser velado e sepultado o corpo deste menino curitibano.

Texto de autoria da mãe de Matheus,
Sra. Célia Maia. 

terça-feira, 21 de junho de 2011



ATENÇÃO.
    LEIA ATÉ O FINAL E PASSE ADIANTE. ISSO É MAIS SÉRIO DO QUE SE PENSA. ALGUÉM TERÁ QUE TOMAR MEDIDAS MAIS DRÁSTICAS PARA ESSA TRAGÉDIA QUE ESTÁ SENDO RELATADA.
    ESTOU REPASSANDO PORQUE É IMPORTANTE MESMO. 

Os fatos criminosos, as conseqüências horripilantes na área social e familiar e o sortilégio causado ao usuário do crack, comprovam que essa droga, sem sombras de dúvidas, é mais perigosa do que todas as outras juntas.

De poder avassalador e sobrenatural, o crack sempre vicia o usuário quando do seu primeiro experimento e o que vem depois é a tragédia certa. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. O crack é a verdadeira degradação humana.

Há alguns anos atrás, quando o crack foi introduzido no Brasil, em especial em São Paulo, seu uso estava praticamente restrito a classe paupérrima da nossa sociedade devido ao seu baixo custo de venda, começando assim a sua trajetória com os moradores de rua que eram viciados em álcool, maconha ou em cheirar cola e que assim viam naquela nova e poderosa droga mais barata e acessível, a pretensa solução para resolver ou para esquecer dos seus problemas.

Na época as autoridades constituídas viviam as ilusões de que esse subproduto da cocaína não sairia do consumo dos mendigos, dos pobres, dos desafortunados e dos desgraçados, por isso pouco se importavam com a problemática, contudo, o seu consumo rompeu esse quadrilátero, conquistou as demais classes sociais, expandindo-se rapidamente, virando uma epidemia nacional e aí, diante do clamor público, o Estado passou a correr atrás do prejuízo.

A dimensão da tragédia é difundida nos diversos Estados da Nação através de reportagens jornalísticas que comprovam o retrato devastador em todos os lugares possíveis e imagináveis aonde chegou o filho mortal da cocaína. O crack invadiu grandes e pequenas cidades, periferias e lugares de baixa a alta classe social, municípios, povoados, zona rural e já chegou até às aldeias indígenas.

O fracasso da política antidrogas do governo federal é estampado nos quatro cantos do Brasil. A cada reportagem televisiva assistimos atônitos pessoas adultas, jovens, adolescentes e crianças consumindo o crack, deitados no chão das praças, das calçadas, debaixo dos viadutos, das marquises, sem se incomodarem com nada ou mesmo correndo em desespero, vivendo aquele mundo imaginário, sem perspectiva de vida alguma. Meninos e meninas na flor da idade se prostituem até por 1 real e praticam qualquer ato ou tipo de crime possível em busca do crack. Famílias inteiras se desesperam vendo os seus entes queridos buscando o fundo do poço pelo crack.

O crack trás a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda espécie na sua trajetória maligna. Assistimos recentemente com imensa tristeza e pesar uma reportagem mostrada na TV Record em que crianças recém nascidas de mães viciadas em crack, são também barbaramente atingidas pelos efeitos nefastos da droga. Nascem como se viciadas fossem, com crises de abstinências, com compulsão à droga, tremores, calafrios e com problemas físicos diversos, principalmente com lesões no cérebro que provavelmente os levarão às demências ou a outros tipos de problemas inerentes, ou seja, uma nova geração de vítimas do crack sem sequer ter consumido a droga por vontade própria. A maioria das mães drogadas também perde o instinto materno e terminam doando os seus filhos debilitados.

Ao contrário da maioria das drogas, o crack não tem origem ligada a fins medicinais, muito pelo contrário, ele nasceu para alterar o estado mental do usuário, para viciá-lo de maneira sobrenatural e para aniquilar todos os seus órgãos, levando-o a uma morte breve, mas sofrível para si e para todos que o cercam.

A cocaína gerou o crack para terminar de arrasar as diversas gerações que dele buscam sensações diferentes, mas que não imaginam que na verdade caminham para a desgraça absoluta. Achando pouco os efeitos insanos da droga mãe, o homem adicionou ao lixo do processo da sua fabricação, alguns produtos químicos altamente nocivos e perigosíssimos para a saúde humana para depois repassá-la ao seu semelhante como passaporte para a morte.

Absurdamente são adicionados à borra da cocaína para compor uma fórmula maligna e cruel, a amônia que é usada em produtos de limpeza, o ácido sulfúrico que é altamente corrosivo e usado em baterias automotivas, querosene, gasolina ou outro tipo de solvente que é para dar a combustão ao produto e, para render aumentando a sua lucratividade, a cal virgem, ou cal viva que também é tóxica e usada em construções ou plantações, que ao serem misturados e manipulados se transformam numa pasta endurecida de cor branca caramelizada onde se concentra mais ou menos 40% a 50% de cocaína. Assim nasceu o crack para o bem do traficante, para o mal da sociedade e para o horror da humanidade.

A fumaça altamente tóxica do crack é rapidamente absorvida pela mucosa pulmonar excitando o sistema nervoso, causando euforia e aumento de energia ao usuário, com isso advém, a diminuição do sono e do apetite com a conseqüente perda de peso bastante expressiva. Logo o usuário sente a aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilação da pupila e a elevação ou diminuição da pressão sanguínea, ou seja, uma transformação total da sua normalidade física.

Com o tempo o crack causa destruição de neurônios e provoca ao seu usuário a degeneração dos músculos do seu corpo, conhecida na medicina como rabdomiólise, o que dá aquela aparência esquelética ao indivíduo, ou seja, ossos da face salientes, pernas e braços finos e costelas aparentes.

O usuário do crack pode ter convulsão e como conseqüência desse fato, pode levá-lo a uma parada respiratória, coma ou parada cardíaca e enfim, a morte. Além disso, para o debilitado e esquelético sobrevivente seu declínio físico é assolador, como infarto, dano cerebral, doença hepática e pulmonar, hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC), câncer de garganta e traquéia, além da perda dos seus dentes, pois o ácido sulfúrico que faz parte da composição química do crack assim trata de furar, corroer e destruir a sua dentição.

O crack vai destruindo o seu usuário em vida ao ponto dele perder o contato com o mundo externo, se tornando uma espécie de zumbi, ou morto-vivo, movido pela compulsão à droga que é intensa e intermitente. Como os efeitos alucinógenos têm curta duração, o usuário dela faz uso com muita freqüência e a sua vida passa a ser somente em função da droga.

Ainda não existem estatísticas oficiais nos Estados brasileiros que venham a comprovar o rastro da devassidão e desgraça causada pelo crack, entretanto já se comentam que as vítimas fatais mensais superam em dobro as vítimas de acidentes de trânsito, e em assim sendo, considerando que o Brasil sempre está nas primeiras colocações em mortes de transito no contexto mundial, conclui-se, portanto, que estamos caminhando para o caos absoluto por conta dessa droga.

Pelas matérias jornalísticas observa-se que o Estado do Rio Grande do Sul é o mais atingido pela tragédia do crack. Segundo o Jornal Zero Hora, há cinco usuários de crack para cada grupo de mil gaúchos, enquanto que é previsto para até o final do ano de 2012, apesar da grande taxa de mortalidade, que essa população de zumbis alcance o número de 300 mil componentes.
Já aqui no nordeste, mais de perto em Salvador, capital da Bahia, é fato em notícia que 80% das pessoas com idade entre 12 a 25 anos que vem a óbito são egressos do crack e morrem do crack ou pelo crack.

A dificuldade que o dependente do crack tem ao querer deixar o seu consumo também é imensa e requer uma força de vontade fora do comum, diferente do que acontece com os usuários das outras drogas.

A Universidade Federal de São Paulo atestou uma pesquisa que acompanhou a trajetória de 131 usuários de crack após 12 anos da saída dos mesmos de um hospital de tratamento, chegando a seguinte conclusão: Apenas 33% se recuperaram e venceram a droga, enquanto que 67% foram derrotados, e desse número, 17% continuavam dependentes, 20% desapareceram, 10% estavam presos e 20% foram mortos em decorrência do mal da droga ou assassinados por conta dela.

Conclui-se assim que estamos caminhando para uma espécie de genocídio, ou seja, morte em massa decorrente de ações de uma causa só, conforme previu o traficante colombiano Carlos Lehder Rivas, preso e condenado nos Estados Unidos da América em 1985, ao afirmar naquela data que o crack seria a terceira bomba atômica a ser lançada contra a humanidade e que iriam morrer mais pessoas do que todas as guerras mundiais juntas.

Correndo contra o tempo o Ministério da Saúde lançou um Programa emergencial em junho de 2009 que prevê investimentos na ordem de 118 milhões de reais até o fim de 2010, com proposta de aumentar o número de leitos e de profissionais dedicados à saúde mental, assim como, de instalações de novos núcleos de apoio à saúde da família e centros de atenção psicossocial, entretanto, essa verba, mostra-se pequena para a extensão da gravidade do problema.

Enquanto isso, milhares de pessoas no Brasil ingressam na Justiça com ações contra o Estado pleiteando direito à indenização ou ao tratamento adequado em clínicas particulares para os seus familiares viciados que estão vivendo o drama do crack. Nesse sentido o Estado de Sergipe é exemplo nacional através do Juiz de Direito da Comarca de São Cristóvão, Manoel Costa Neto, que além de desenvolver um trabalho de conscientização contra os riscos do uso dessa droga, vem decidindo em sentenças justas e humanitárias, através das ações individuais apoiadas pelo Ministério Público e posteriormente por conta de uma Ação Civil Pública ingressada pela Defensoria Pública, que todo aquele dependente químico, principalmente do crack, que reside dentro da circunscrição daquele município, já pode ter do Governo a compensação no seu tratamento, ou seja, o Estado está sendo obrigado a arcar com as despesas dos drogados em clínicas particulares.

O crime organizado continua investindo pesado do tráfico de drogas. Muita cumplicidade perversa promove e mantém o crack no seio da nossa sociedade. Tudo prolifera e floresce com muito arranjo sinistro. A política de repressão ao tráfico não esta sendo suficiente para conter o avanço do crack. A Polícia, apesar de todos os esforços empreendidos, com prisões e apreensões diariamente de muitos traficantes e de grandes quantidades de crack, não é forte o bastante para vencer essa batalha.

Assistimos também desolados, jovens e crianças abandonando as escolas e recrutados pelo tráfico em troca do crack e algumas migalhas em dinheiro. O documentário apresentado pela Rede Globo no programa Fantástico no ano de 2006 denominado “Falcão - meninos de tráfico” comprovou essa triste realidade brasileira. Durante as gravações, 16 dos 17 meninos “falcões” entrevistados morreram, sendo 14 em apenas três meses, vítimas da violência na qual estavam inseridos.

Por sua vez, apesar de tudo isso, apesar dessa realidade brutal e com perspectivas de piorar ainda mais a sua problemática, sentimos o poder público ainda meio tímido, sem verdadeira vontade política para debelar tal situação.

O Estado tem a obrigação de investir em massa não só na área curativa do mal, mas também na repressão e principalmente na prevenção que é a raiz da problemática, elaborando projetos que efetivamente influenciem os nossos jovens a nunca experimentar droga alguma, em especial o crack, ou então teremos taxas de mortalidade inaceitáveis com o suposto genocídio em ação, tragédias familiares e sociais no extremo, além do aumento geométrico da criminalidade, destarte para os crimes de furto, roubo, homicídio e latrocínio por conta dessa droga avassaladora.

Aliados a tais medidas governamentais é preciso também da conscientização popular principalmente na área da educação. Dentre as formas de prevenir está a questão de se oferecer atividades escolares extracurriculares que despertem mais atenção dos estudantes, além de um convívio mais profundo e dialogado entre alunos com professores, psicólogos e especialistas, assim como, entre pais e filhos, para enfim, lutarmos com todas as forças possíveis contra essa epidemia. Não podemos achar que a polícia e a medicina resolverão os problemas, que, muitas vezes, se iniciam nos lares, escolas, festas, shopings center e outros lugares de convivência social, principalmente dos jovens, mais expostos, por vários motivos, à atração do mundo das drogas.

(Delegado de Policia. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe)
archimedes-marques@bol.com.br
Detetive Walmir Battuwww.força-tarefa.org
Ex. Delegado de Polícia, Presidente Mundial do Inter Bureau
41 9902 1801