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quinta-feira, 21 de julho de 2011

7 Coisas que só existem no Brasil 
DAS TOMADAS À REFORMA ORTOGRÁFICA, O BRASIL É UMA PÂNDEGA... - MARIO MAGENCO

       1) Novo padrão de tomadas elétricas.
        Quem foi o cretino que inventou a nova tomada/flecha de 3 pinos incompatível com TODAS as tomadas da galáxia? Nem nas tomadas do Império Klingon essa bosta encaixa! De uma hora para outra, todas as nossas tranqueiras elétricas e gadgets que usam plugues com o (este sim, universal) padrão americano, simplesmente ficam imprestáveis. Como somos brasileiros e não desistimos nunca, é chegada a hora de invocar a santa gambiarra!
     2) Proibição do álcool 92º
      Um belo dia alguns políticos de Brasília tiveram a brilhante ideia de converter o álcool em água rala de 46 graus. Outro belo dia, minha mulher apareceu (sem saber) com este novo álcool, que uso para botar fogo no fogão a lenha, e ele simplesmente molhava os fósforos. Tivemos que voltar ao supermercado para trocar o famoso "Álcool Namorado" pelo trivial Álcool Pereira de 92º, aquele que limpa e queima. Ainda bem que a indústria alcooleira entrou na justiça e conseguiu liminares liberando o nosso bom e verdadeiro álcool de cada dia, claro, há que se tomar as devidas precauções para não provocar queimaduras graves e incendiar a casa. PS: aos sacros defensores desta proibição idiota, sugiro que propugnem também garfos sem pontas e facas cegas, pois tais utensílios domésticos também podem ser prejudi ciais à saúde.
       3) Seguro obrigatório veicular
      Você, que gasta os tubos com seguro total, já parou para pensar porque tem que continuar pagando o tal do seguro obrigatório? Enquanto isto, as máfias sacam a torto e a direito as merrecas do seguro obrigatório, que os seus legítimos beneficiários não sabem ou não se interessam em sacar.
       4) Carros Flex
      Caso eu pusesse um adesivo no meu carro flex, teria o seguinte teor: "acreditei no governo e embarquei nesta carroça beberrona". Justamente quando os motores exclusivamente à gasolina começaram a ficar econômicos, os gestores públicos apareceram com esta bomba que só corrói o motor e o nosso bolso. Sem falar naquele maldito tanquinho extra, que é uma preocupação a mais para manter cheio de gasolina. Pergunta intrigante: por que será que o resto do mundo não teve a ideia "genial" de ter carros flex? Quando você vê o preço do litro do álcool hidratado a R$ 2,70 começa a tirar algumas conclusões.
       5) Tratamento reservado às crianças geniais
      Enquanto na Índia, um país miserável e fedorento, as crianças possuidoras de habilidades geniais são acompanhadas de perto e recebem uma educação especial, no Brasil elas são estigmatizadas na escola, vítimas de bulling e em vez de se tornarem gênios ou cientistas, terminam formando uma banda medíocre de roquezinho, como no caso de Roger, detentor de QI 172 (Einstein tinha QI 168). Mas uma coisa fazemos bem, qualquer pivete favelado, craque prematuro de futebol, é prontamente separado para receber todos os cuidados e mimos que merece. Enquanto isto, os nossos nerds e jovens cientistas levam muita porrada na escola. Por isto, enquanto nos resignamos a ser campeões de futebol, a Índia (aquele país miserável e fedorento) consegue (desde a década de 70) construir usinas e armas nucleares, lançar satélites em órbita e mandar sondas espaciais para outros planetas.
       6) Sistema de TV em cores PAL-M
      Algum biltre brazuca teve a ideia genial de fazer um sistema de cores único no mundo: pegou o padrão de crominancia americano NTSC, fundiu-o com o sistema SECAM europeu e criou o frankstein chamado PAL-M, onde leia-se “M” de merda, incompatível com qualquer televisor do resto do planeta.
       7) Reforma Ortográfica
      Um belo dia um energúmeno brazuca teve uma idéia. Vamos mudar a Língua Portuguesa! NO MUNDO INTEIRO! Pra quê? Só pra transformar em um inferno a vida deTODOS vestibulandos e concurseiros luso-parlantes. E de quebra, enriquecer donos de cursinhos. (Vai ver que esse energúmeno é dono de cursinho..)
   

terça-feira, 12 de julho de 2011

A morte do menino Matheus, um Curitibano de 17 anos, recém feitos

 

Matheus nasceu na tarde de um domingo ensolarado na década de 90. Veio ao mundo saudável e cheio de energia para viver. Já na maternidade recebeu o certificado de “Cidadão Curitibano” porque teve a sorte de nascer no ano da comemoração dos 300 anos da sua cidade. O pai escolheu o nome e a mãe feliz o amamentou e zelou pelo bem do menino, ensinou o caminho do amor e do respeito, e o pequeno cresceu encantando as pessoas ao redor. A casa era cheia de risos e afeto. Os irmãos chegaram depois e foram acolhidos com um grande sorriso pelo Matheus que agora se transformara em irmão mais velho. Brincadeiras no quintal, jogos no computador, rodízio nos canais de TV, divisão das tarefas domésticas, tudo igual, todos tinham direitos e deveres em casa.

Para os irmãos Matheus era o máximo, sabia tudo e não podia ser diferente, pois nascera primeiro e tudo aprendera na frente. Primeiro a ir para a escola, depois natação, futebol e na adolescência foi estudar música. Os irmãos menores cresciam iluminados pelos conhecimentos do menino que os ensinava sobre matemática, inglês, geografia e música. Para os pais o menino era perfeito, um exemplo para os irmãos e um orgulho para a família, ele tinha responsabilidade, sabia se relacionar com as pessoas e era muito prestativo. Todos ficavam perguntando qual a profissão que Matheus escolheria agora que estava terminando o colegial, e ele alegre falava: “quero ser músico”.

Tudo acabou em uma tarde chuvosa de uma sexta-feira qualquer do ano passado, bem na hora em que Matheus caminhava para a sua aula de música. Começou com um carro escuro que se aproximou e de dentro dele dispararam os tiros; Matheus que até então caminhava tranqüilo pela calçada agora estava imóvel estirado ao chão. Depois a notícia que chegou aos pais: “seu filho foi baleado”. No hospital os capelães vieram para consolar a mãe, mas ela estava serena e confiante de que tudo acabaria bem porque seu menino ainda estava vivo. Entregaram à mãe as roupas que o filho usava, tudo dentro de um saco preto, junto com a guitarra. As horas foram passando enquanto a cirurgia transcorria e no final da noite Matheus foi levado ao quarto onde enfim a mãe pode vê-lo. Estava vivo, mas muito ferido. Ferido pelos tiros e ferido pelas cirurgias. O filho era acariciado e beijado por sua mãe que sussurrava palavras de amor no seu ouvido: “mamãe está aqui, está tudo bem, fique tranqüilo, tudo vai dar certo”. Os médicos avisaram que o estado era grave e irreversível. Matheus estava imóvel, olhos fechados, respiração e coração movimentados por máquinas. A noite foi passando, o dia clareou, e a mãe continuava ao seu lado a falar e a acariciar. Agora o corpo do menino já não estava mais tão quente, mas o coração e o pulmão ainda trabalhavam. Nada foi em vão, porém tudo foi pouco para salvar a vida de Matheus. Os tiros foram fatais. A morte chegou. A mãe escolheu as vestes finais do filho para assim ser velado e sepultado o corpo deste menino curitibano.

Texto de autoria da mãe de Matheus,
Sra. Célia Maia.